quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Livros e Design

Para os verdadeiros amantes da leitura, deixamos algumas propostas de design que adoraríamos ter nas nossas casas!
 








segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Frankenstein de Mary Shelley

O livro que vos trago hoje, "Frankenstein" de Mary Shelley, foi editado primeiramente em 1818 mas a edição mais conhecida é a de 1838.

É um livro dividido em três volumes, narrado por Robert Walton. Este escreve cartas à sua irmã enquanto realiza uma expedição ao Pólo Norte com o objectivo de encontrar uma passagem pelo pólo até regiões que levam muito tempo a chegar ou mesmo descobrir o segredo do magnetismo. É através destas cartas que sabemos como Walton conhece Victor Frankenstein e a sua história até ao momento.

Este livro discute a relação Criador/criatura. Da queda, do desespero e da infelicidade extrema e eterna de Frankenstein, que tendo criado o monstro (não lhe dão um nome específico), não teve capacidade de ajudá-lo na sua felicidade. De como as circunstâncias tornam as pessoas com bons sentimentos, afáveis e simpáticas em terríveis, assassinas e invejosas personagens. Fala da amizade sempre necessária à vida de todos, da ajuda, de injustiça, de como as pessoas julgam pelas aparências, de solidão, de apenas olhar para um dos pontos de vista.

O que mais me irritou foi Frankenstein não ter tido a capacidade de ver que ao criá-lo tinha que estar com ele, de tentar percebê-lo, não fugir à sua criação por mais feia que fosse. Tinha tanta sede de encontrar coisas grandiosas que quando lá chegou não soube lidar com o que criou. É o humano a tentar ser divino... só conseguindo tentar.

Ao longo do livro, além da ciência e tecnologia,  estão sempre presentes a Natureza, as paisagens e o tempo.

sábado, 26 de outubro de 2013

Filmes de terror vs livros de terror

Nunca gostei de ver filmes de terror, filmes com dráculas, monstros horripilantes, mortes sangrentas e brutais, finais de filmes que não têm fim e que te fazem ir para a cama a olhar sempre para trás e sempre com a luz acesa. No entanto, aqui há uns anos decidi comprar o "Drácula" de Bram Stoker e "Entrevista com o Vampiro" de Anne Rice, sem nunca ter visto os filmes. Achei-os muitos bons, o que me fez querer ver os filmes para comparar.

E sinceramente, considerei os livros muito melhores, suponho que é por não terem as imagens dos filmes, a banda sonora sem a qual parece uma comédia. Somos nós que imaginamos os monstros, as cenas e talvez inconscientemente não façamos uma imagem tão horrível.

Comparando os dois, penso que os filmes fazem de propósito para parecerem muito mais reais e assustadores. Se não tivesse objectivo de nos fazer saltar da cadeira, do sofá, ou de onde quer que estejamos sentados acho que estes filmes não teriam metade do sucesso.

Faço assim, esta ligação para o livro que vos trarei amanhã: "Frankenstein" de Mary Shelley editado primeiramente em 1818. Outro filme de terror que nunca vi mas que decidi ler o respectivo livro.

Drácula (De Drácula de Bram Stoker)


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Livro das Inutilidades

O Livro das Inutilidades é um livro que me acompanha há já alguns anos. Seguramente desde 2007, ano em que foi lançado pela Guerra & Paz. Comprei-o num hipermercado porque queria algo que me entretivesse e, apesar de já terem passado 6 anos, é um livro ao qual regresso sempre, precisamente pelas suas inutilidades... António Costa Santos, o autor, apresenta aqui um compêndio de factos  e curiosidades sobre os mais variados temas: história, cinema, países, desporto, botânica, religião... um sem-fim de pequenas curiosidades.
Este livro está esgotado na editora mas mais recentemente, em 2011, fizeram uma nova versão, mais fancy mas igualmente divertida:

- O Polo Norte é 2800 metros mais baixo que o Polo Sul;
- Jericó é a mais antiga cidade murada do mundo, com 9000 anos;
- As tartarugas bebem água pelo nariz.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Man Booker Prize 2013 distingue neozelandeza



A autora neozelandesa Eleanor Catton ganhou o  Man Booker Prize 2013 com o livro "The Luminaries", em português "O Ensaio", publicado pela Gradiva em 2011, além de ter ganho já diversos prémios e demorou doía anos a estar concluido. O romance é centrado na figura do aventureiro Walter Moody e tem por pano de fundo a corrida ao ouro na Nova Zelândia em meados do século XIX.
O Man Booker Prize é o mais importante prémio literário britânico e distingue desde 1968 obras de ficção de língua inglesa.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Momentos de leitura



Falamos aqui dos livros que lemos mas e aqueles que compramos com a maior das satisfações, ficamos entusiasmados e depois o enredo ou a escrita não corresponde àquilo que esperavamos? Há pessoas que insistem e acabam de os ler e outras pessoas, como eu, que desistem e arrumam-nos na prateleira. Tenho em stand-by uma série de livros que me estão completamente entalados e que sei que nunca os irei ler: As Ondas, Virginia Woolf; Os Anões, Harold Pinter; História d'O, Pauline Réage; A Pianista, Elfriede Jelinek...
Sei que as pessoas só conseguem ler determinados livros quando estão com o mood certo, para mim não vale a pena insistir, a leitura tem que ser um momento de prazer e não de obrigação. Há momentos que leio livros uns atrás dos outros e há alturas em que não tenho paciência para me deixar levar pelo universo imaginário. Sei perfeitamente que nunca lerei livros fantásticos, nem de ficção científica ou biografias. 
Enfim, temos preferências e o que não corresponder é afastado instantaneamente. Não condeno, eu faço isso mesmo. Nunca gostei que me impingissem leituras obrigatórias na escola. Não tem que ser dessa forma. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Casa dos Vandekar, Evelyn Anthony

Há muito que não lia um romance tão empolgante. Empolgante no sentido de não me fazer parar de ler a não ser no final e ter pena de ter descoberto tudo só nessa altura.
Nunca tinha lido nada da britânica Evelyn Anthony mas fiquei com a sensação que só escreve dentro deste estilo.
A Casa dos Vandekar relata a história da família Vandekar ao longo de três gerações, passa pelo pré-guerra, pós-guerra até aos dias de hoje. Alice Vandekar, a protagonista, é a mãe da família, uma mulher forte e determinada mas toda a história é contada por Nancy, a sua neta querida.  Os problemas com o marido, as guerras, a compra da casa, os filhos, os amantes, os criados, as dificuldades passadas durante a Segunda Guerra Mundial, as guerrilhas com a filha, os netos, a riqueza e a luxúria...
Um livro que mistura amor, ódio e sexo, destinado claramente a mulheres. Gostei porque me transportou para uma outra realidade, senti um certo carinho pela protagonista que, num universo dominado por homens, consegue lutar por aquilo que pretende. A força desta mulher é o que faz o livro seguir em frente e prender-nos ao enredo.

"De que serve esmorecer?  A vida continua, tem de continuar."
 
A imagem possível: A Casa dos Vandekar, Círculo de Leitores
 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

"Sputnik, Meu Amor", Haruki Murakami - II



Uma vez que este livro já foi descrito neste blog:

http://letrasemletra.blogspot.pt/2013/03/sputnik-meu-amor-haruki-murakami.html

Vou aqui apenas referir algumas das minhas citações preferidas:

"Não será que ate as coisas inúteis têm cabimento neste mundo longe-de-ser-perfeito? Se desta vida imperfeita eliminássemos tudo o que é inútil, a imperfeição deixava ela própria de fazer sentido"

"Vi pessoas que se diziam «vulneráveis» magoarem outros sem motivo aparente (...) com um perfil «franco e honesto» usarem desculpas esfarrapadas para obterem o que desejam a qualquer preço"

"Habituei-me desde muito novo a traçar uma fronteira invisível entre mim e os outros."

"Ela está tão apaixonada por mim que não quer saber de mais nada. É por isso que está apaixonada por mim."

"Sabe o quer dizer Sputnik em russo? Companheiro de viagem (...) aquilo não passava de uma porcaria de um pedaço de metal que andava para ali a girar à volta da Terra"

"Então me ocorreu que, apesar de sermos companheiras de viagem maravilhosas, no fundo, não passávamos de duas massas solitárias de metal em suas próprias órbitas separadas. À distância, parecem belas estrelas cadentes, mas, na realidade, não passam de prisões, em que cada uma de nós está trancada, sozinha, indo a lugar nenhum. Quando as órbitas desses dois satélites se cruzam, acidentalmente, podemos estar juntas. Talvez, até mesmo, abrir nossos corações uma à outra. Mas só por um breve momento. No instante seguinte, estaremos na solidão absoluta. Até nos queimarmos completamente e nos tornarmos nada." (versão brasileira)

"Alguma vez viram alguém levar um tiro e não ficar cheio de sangue? O sangue tem de ser derramado. vou afiar a minha faca, preparar-me para degolar um cão algures"

"Às vezes tenho a sensação de que o meu corpo está prestes a tornar-se invisível, de que me tornei completamente transparente."

Alice Munro: Nobel Literatura 2013

A autora Alice Munro foi laureada com o Prémio Nobel da Literatura 2013. A canadiana escreve sobretudo contos e em português contam-se pelos dedos de uma mão as obras publicadas.
Agora, é ver os pseudo-leitores a procurarem as suas obras... É sempre assim: a correria às livrarias a ver quem apanha primeiro.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Nobel Literatura 2013

Amanhã o Letras em Letra terá todo o gosto em apresentar o prémio Nobel da Literatura 2013.
Fiquem atentos!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Novidade editorial

 
É oficial! A Editora Casa das Letras vai lançar a 22 de Outubro "Sono" de Haruki Murakami. Até esta hora pouco ou nada se sabe, apenas a sinopse:

"Há dezassete dias que não durmo.» Assim tem início a história que Haruki Murakami imaginou e escreveu sobre uma mulher que, certo dia, deixou de conseguir dormir. Pela calada da noite, enquanto o marido e o filho dormem o sono dos justos, ela começa uma segunda vida. E, de um momento para o outro, as noites tornam-se de longe mais interessantes do que os dias... mas também, escusado será dizer, mais perigosas."