"O Caderno de Maya", Porto Editora
Allende é uma belíssima contadora de histórias. Em caderno de Maya dá-nos a conhecer uma jovem, Maya, que escreve num caderno à laia de diário e vamos acompanhando as suas memórias nos anos mais difíceis da vida. Maya era uma jovem com uma educação normal nos Estados Unidos mas quando o seu avô morre, refugia-se no álcool e nas drogas e a partir daí é vê-la a afundar-se num poço cada vez mais fundo. O pai e a avó de Maya internam-na numa instituição de reabilitação mas esta foge e vai parar a Las Vegas. A sua vivência torna-se cada vez mais difícil e aos poucos vai-se deixando levar pelo mundo da marginalidade. Os acontecimentos sucedem-se e a avó reencontra-a feita num farrapo e envia-a para uma pequena ilha do Chile: Chiloé, onde reaprende a viver e faz descobertas importantes em relação à sua própria família. Todos estes contratempos não tornam Maya num ser abominável mas sim numa personagem que nos apetece estender a mão e ajudar. Ela é boa pessoa e torcemos ao longo de toda a narrativa por um final feliz. Não me vou alongar na história, é preciso lê-la para ficarmos com esta Maya Vidal na nossa memória. Que bela personagem...