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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol - Haruki Murakami
Este livro deixou-me um profundo sabor amargo. Se me envolveu na maior parte da narrativa, enquanto Hajime conta a história da sua vida desde criança até à idade adulta, já casado e com filhas, na parte final desiludiu-me porque não compreendi o objectivo, o significado que Murakami quis dar à obra. Deixa o final em aberto, como na maioria dos seus livros mas este decepcionou-me e de que maneira. Esperava bem mais. Claro que gostei de tudo: da sequência das acções do personagem, dos diálogos e das próprias descrições do autor mas aquele final .
"A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", é delicado, profundamente melancólico e árido mas pedia mais, mais deste autor que já me habituou mal. Mal porque espero sempre mais, que se entregue por inteiro, que se entregue na medida do expectável, na medida em que me delicio a lê-lo e aqui fiquei com uma certa raiva do final. Não quero aquele final, quero um final que me permita continuar a sonhar e o que me apresentou foi uma coisa amarga, demasiado amarga. Demasiado bruta. Demasiado seca.
Fala-nos ao longo de todo o livro do destino, das opções tomadas voluntária e involuntariamente, a busca da felicidade e depois dá-me um final destes? É por isto que não se tornou no meu preferido de sempre, porque lhe falta ali qualquer coisa, falta-lhe a essência do final, da perspectiva de que as coisas vão melhorar...
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