Há quem leia e há quem pinte livros. A russa Ekaterina Panikhova serve-se de livros antigos para criar arte: desenha, faz colagens e pinta as páginas já amarelecidas de diversos livros para criar instalações gigantes.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Leituras... por aí
Os passageiros da linh amarela do Metro de lisboa estão mais cultos. Há muito tempo que não andava neste transporte e hoje fui surpreendida! Vi, pessoas a lerem os seus livritos jornais e folhetos de propaganda de viagens ao Brasil. Mas foram os livros que me chamaram a atenção. Aqui vai a lista:
- Uma senhora dos seus 30 anos ia a ler em pé "A Revolta", livro III da trilogia dos Jogos da Fome
- Uma mulher quarentona ia a ler "O Filho de Mil Homens" de Valter Hugo Mae
- Uma mulher ia a ler Isabel Allende mas não consegui apanhar o título.
- Uma senhora dos seus 30 anos ia a ler em pé "A Revolta", livro III da trilogia dos Jogos da Fome
- Uma mulher quarentona ia a ler "O Filho de Mil Homens" de Valter Hugo Mae
- Uma mulher ia a ler Isabel Allende mas não consegui apanhar o título.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Just words...
Quando lemos um livro com o qual nos identificamos e, mais tarde, comentamos sobre isso mesmo com um amigo, e ele nos dá a sua visão da história e nos perdemos no enredo, nos comportamentos das personagens e fingimos (ou bem lá no fundo queremos acreditar que aconteceu mesmo) que tudo aquilo é real...
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Crónicas de uma livreira #1
Nas livrarias, os cliente gostam de fazer os livreiros perder o seu precioso tempo. Meus amigos, passo a explicar: ser livreiro é ser mais que apenas vender livros, os livreiros executam diversas tarefas ao longo do seu período laboral: dão entrada de livros, fazem devoluções, transferem livros para outras lojas, arrumam, etiquetam, colocam alarmes, arrumam, organizam o armazém, voltam a arrumar, cortam-se com o papel, fazem embrulhos, vendem, empacotam, cortam-se novamente, folheiam livros, falam sobre livros e muito mais. Ora bem, à pala desta brincadeira, tenho as mãos num estado lastimável e não há creme de mãos que me salve.
No meu cacifo tenho dois artigos de uso imprescindível: toalhitas e creme de mãos. Se pensam abarcar neste tipo de trabalho previnam-se e falem com os mais experientes nesta matéria que vos dirão para terem muito cuidado com os tostões das vossas carteiras. Não é fácil para um verdadeiro livreiro, não comprar qualquer artigo durante muito tempo, especialmente se adora ler. É muito perigoso para a vossa conta bancária. Acreditem!
Ora comecei eu a dizer que os clientes gostam de nos fazer perder tempo. É verdade. Atendemos o telefone, perguntam por um livro, vamos busca-lo fisicamente lá ao fundo da livraria e quando menos esperamos ouvimos do outro lado da linha algo parecido com isto: "ah, era só para saber porque na outra vossa loja XPTO não me atenderam o telefone mas pode-me confirmar o stock deles?" Não nos façam isto, uma pessoa dedica-se e depois não lucra nada? Meus amigos, telefonem para a livraria correcta, nós não somos pombos-correio uns dos outros, ainda por cima com as minhas mãos neste estado que ardem como tudo.
Voltarei com mais instruções...
No meu cacifo tenho dois artigos de uso imprescindível: toalhitas e creme de mãos. Se pensam abarcar neste tipo de trabalho previnam-se e falem com os mais experientes nesta matéria que vos dirão para terem muito cuidado com os tostões das vossas carteiras. Não é fácil para um verdadeiro livreiro, não comprar qualquer artigo durante muito tempo, especialmente se adora ler. É muito perigoso para a vossa conta bancária. Acreditem!
Ora comecei eu a dizer que os clientes gostam de nos fazer perder tempo. É verdade. Atendemos o telefone, perguntam por um livro, vamos busca-lo fisicamente lá ao fundo da livraria e quando menos esperamos ouvimos do outro lado da linha algo parecido com isto: "ah, era só para saber porque na outra vossa loja XPTO não me atenderam o telefone mas pode-me confirmar o stock deles?" Não nos façam isto, uma pessoa dedica-se e depois não lucra nada? Meus amigos, telefonem para a livraria correcta, nós não somos pombos-correio uns dos outros, ainda por cima com as minhas mãos neste estado que ardem como tudo.
Voltarei com mais instruções...
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
A Instrução dos Amantes de Inês Pedrosa
Estive prestes a desistir da leitura deste livro ia eu a meio. O enredo peca por ter um discurso fragmentado, saltita de personagem em personagem e torna-se penoso seguir a história. Por isso mesmo estive quase a pô-lo de parte. No entanto, resisti. A capa falava mais alto, que capa bonita esta. Julgava eu que me ia dar dicas sobre relacionamentos amorosos. Enganei-me. Começa logo com uma morte e a seguir é o desfile de um grupo de amigos adolescentes e as suas aventuras típicas dessas idades. Vê-se logo que é um livro dos anos 90: ninguém tem telemóveis nem internet... É tudo à base dos encontros destes amigos na rua onde vivem e das personagens secundárias que os rodeiam, os primeiros amores e as desilusões, os beijos oferecidos pelas gémeas, o roubo de gasolina dos carros, os segredos e as traições. Quem ainda tem paciência para os dramas de adolescentes deve ler esta história.
Inês Pedrosa é uma autora que me faz alguma "comichão", já tentei ler o seu "Fazes-me Falta" e nunca chego ao final da 5ª página. Não gosto da ideia de ler sobre uma pessoa morta.
Inês Pedrosa é uma autora que me faz alguma "comichão", já tentei ler o seu "Fazes-me Falta" e nunca chego ao final da 5ª página. Não gosto da ideia de ler sobre uma pessoa morta.
"A morte é a única testemunha da paixão. Tem ciúmes dos corpos e queima-os devagar. Quando os corpos se entregam ao império dos seus lumes é a morte que os ilumina".
domingo, 19 de janeiro de 2014
sábado, 18 de janeiro de 2014
Ouvido numa livraria
Diálogo real:
Cliente - Olá, procuro um livro de poesia escrito por um miúdo com um problema de saúde. Acho que o título é "Bi Menor" ou "Bi Maior"... Não sei qual é a editora, vi isto na televisão e acho que ele se chama David.
A Livreira extraordinária perde uns bons minutos a pesquisar tal livro e descobre no site do Correio da Manhã que o livro se chama "Contrabaixo" e o autor é o Diogo Lopes.
Para os interessados, a editora é a Alfarroba e os direitos de autor reverterão para a fundação da associação portuguesa de Charcot-Marie-Tooth, doença da qual Diogo, de 14 anos, é portador.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Sono - Murakami
Andei a adiar durante várias semanas a minha opinião sobre "Sono" de Murakami, queria lê-lo uma segunda vez mas outros livros se colocaram à frente e deixei passar o tempo. Ora então, estamos perante um pequeno conto do autor nipónico com ilustrações de Kat Menschik. Apresenta-nos uma senhora, da qual não conheceremos nunca o seu nome, que sofre de violentas insónias, ou seja, nem chegam a ser insónias pois ela nem prega olho. O sono não aparece e ela tenta refugiar-se na leitura de Anna Karenina. Nada conta ao marido que está a sofrer deste problema e começa uma espécie de vida paralela nocturna. Uma espécie de 2ª vida.
Durante o dia, ela leva uma vida bastante banal, repetitiva, desenxabida... a noite torna-se mais perigosa, mais apetecível.
A história põe-nos na dúvida, será que a mulher é louca, que tudo aquilo não passa da sua imaginação, será que é a realidade? Não será ela uma louca, uma pessoa tão sofredora que anseia uma vida com mais suspense e acção?
Para ela, a noite torna-se no momento mais desejável do seu dia. O que é, afinal, "Sono"? Poderá ser, talvez, uma chamada de atenção do autor para as nossas vidas rotineiras e tão sem-graça.
"Sono" é um livro que incomoda pois ficamos sem saber realmente o que foi tudo aquilo, todo o enredo mas leva-nos a refletir, a pensar no significado da vida da personagem, no significado da nossa própria vida. Será que andamos adormecidos?
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Van Gogh em BD
Adoro pintura e quase todos os tipos de arte, por isso não pude deixar escapar este livro de BD do jugoslavo Gradimir Smudja. "Vincent e Van Gogh" dá-nos conta, de forma divertida, da vida do pintor holandês através de uma fábula: Vincent é um gato e Van Gogh, o conhecido mas fracassado pintor. Os dois conhecem-se em plena rua e aí começa a maior parceria das suas vidas: o gato pinta todas as obras e Van Gogh não passa de um pintor que sonha ter sucesso.
Ao longo do livro, ficamos a conhecer um pouco da vida do pintor em Paris e Arles e os seus famosos quadros fazem parte do cenário dos personagens. O gato Vincent, animal pouco ajuizado, é a alma de toda a história com as suas tropelias e inspirações artísticas.
Um livro um tanto-quanto surreal mas ideal para amantes de arte.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Os Jogos da Fome em Chamas - Suzanne Collins
Cá está um dos livros da trilogia sensação de 2012/2013. Em Chamas é o 2º volume da trilogia Jogos da Fome, publicado pela Editorial Presença.
Ora bem, Jogos da Fome apresenta-nos a jovem Katniss que se voluntaria para substituir a irmã numa espécie de Jogos sem Fronteiras dos anos 80 mas em modo suicida.
Neste livro são celebrados os 75 anos destes Jogos e Katniss e o seu companheiro Peeta vêem-se obrigados a regressar à arena. Como não li o primeiro volume, apenas vi o filme, tinha uma certa curiosidade em perceber tanto sucesso numa história que supostamente é destinada a uma faixa-etária jovem. Sabia que haveria matança até fartar e as descrições correm a um ritmo alucinante e também o trio amoroso do 1º livro continua a dar cartas: Katniss continua a ser disputada pelo seu velho amigo Gale e por Peeta com quem dorme regularmente para a ajudar a suportar os pesadelos de que sofre durante o sono. Contudo, o desenvolvimento amoroso dos personagens dá lugar à cena dos Jogos: os participantes, os treinos, as visitas aos distritos, enfim... Em Chamas apresenta-nos uma população em alvoroço, prestes a rebelar-se contra um Governo totalitarista.
Um livro que se lê numa assentada.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
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