“Se estão mesmo interessados nisto, então a primeira coisa que devem saber é onde é que nasci, e como foi a porcaria da minha infância, o que faziam os meus pais e tudo antes de eu ter nascido, e toda essa treta estilo David Copperfield, mas não estou nada para aí virado”.
É desta forma que se inicia a obra de que hoje vou falar. Há muito tempo que queria ler o "À Espera no Centeio" de J. D. Salinger. Li-o finalmente. E que
"À Espera no Centeio" é a obra escrita na primeira pessoa por Holden Caulfield, um adolescente de 16 anos norte-americano que foi expulso do colégio onde estudava e que decide deixar a escola uns dias antes de regressar definitivamente a casa e passeia-se por Nova Iorque. Caulfield vai relatando as suas graças e desgraças nos 2 dias que antecedem o seu regress ao lar , onde o espera aos pais e a irmã mais nova, que adora.
A obra, sempre escrita com recurso a plena oralidade, é simplesmente brilhante. Os palavrões, o calão são pormenores da escrita fascinante de Salinger. Um autor que deveria ser verdadeiramente reconhecido pois escreveu tão poucas obras e todos deviamos ser obrigados a lê-lo.
É um livro que se lê sem parar pois simpatizamos quase instantaneamente com o personagem, trocemos por ele, ou queremoas dar-lhe um puxão de orelhas. Caulfield é sensível, talvez demasiado sensível e real para ser um personagem de uma obra tão empolgante.