segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Frankenstein de Mary Shelley

O livro que vos trago hoje, "Frankenstein" de Mary Shelley, foi editado primeiramente em 1818 mas a edição mais conhecida é a de 1838.

É um livro dividido em três volumes, narrado por Robert Walton. Este escreve cartas à sua irmã enquanto realiza uma expedição ao Pólo Norte com o objectivo de encontrar uma passagem pelo pólo até regiões que levam muito tempo a chegar ou mesmo descobrir o segredo do magnetismo. É através destas cartas que sabemos como Walton conhece Victor Frankenstein e a sua história até ao momento.

Este livro discute a relação Criador/criatura. Da queda, do desespero e da infelicidade extrema e eterna de Frankenstein, que tendo criado o monstro (não lhe dão um nome específico), não teve capacidade de ajudá-lo na sua felicidade. De como as circunstâncias tornam as pessoas com bons sentimentos, afáveis e simpáticas em terríveis, assassinas e invejosas personagens. Fala da amizade sempre necessária à vida de todos, da ajuda, de injustiça, de como as pessoas julgam pelas aparências, de solidão, de apenas olhar para um dos pontos de vista.

O que mais me irritou foi Frankenstein não ter tido a capacidade de ver que ao criá-lo tinha que estar com ele, de tentar percebê-lo, não fugir à sua criação por mais feia que fosse. Tinha tanta sede de encontrar coisas grandiosas que quando lá chegou não soube lidar com o que criou. É o humano a tentar ser divino... só conseguindo tentar.

Ao longo do livro, além da ciência e tecnologia,  estão sempre presentes a Natureza, as paisagens e o tempo.

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