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sábado, 4 de maio de 2013

“Bons Augúrios” de Neil Gaiman e Terry Pratchett


Este livro fala sobre o Fim do Mundo, do Armagedão, da Batalha Final entre o Bem e o Mal.

Começa por contar os últimos preparativos até chegar à batalha final realizados pelo Demónio Crawly (representante do Inferno) (que muda para Crowley, uma vez que Crawly significa “rastejante” e Crowley sempre é um “topónimo americano, além de antropónimo inglês”), pelo Anjo Aziráfalo (representante do Céu) e pelos quatro motoqueiros do apocalipse (Guerra, Fome, Poluição – sim, Poluição – e Morte).

No entanto, uma pequena troca de bebés, coloca o Anticristo o Adversário, Destruidor de Reis, Anjo do fosso sem Fundo, Grande Besta que é chamada Dragão, Príncipe deste mundo, Pai das Mentiras, Descendente de Satã e Senhor das Trevasna família errada e é onde toda a história começa.

Uma vez que Crowley e Aziráfalo são grandes apreciadores do modo de vida na Terra, tentam de todos os modos e feitios sabotar o Armagedão. Mas a melhor parte é quando o próprio Anticristo decide que o Fim do Mundo não tem jeito nenhum e tenta, também ele, o boicote. O Mundo tem tantas coisas boas, para quê acabar com ele? Porque é que fazem as pessoas, deixam-nas comportar como pessoas e depois as castigam por isso?

Mas… será que o objectivo não era de facto sabotarem o fim do mundo? Será que não foi feito de propósito para que tudo corresse mal? Será que não era um teste? Será que não era apenas uma transição para o verdadeiro Armagedão?

Para mim, apesar de se encontrarem bastantes erros ortográficos, é de esquecer esses pormenores, já que é um livro extraordinário, muito bem-humorado e extremamente divertido. Dei de facto umas valentes gargalhadas. É bastante surpreendente como, de uma forma humorada e irónica, mostra um outro lado, um outro modo de pensar sobre o Inefável Plano. Mostra uma perspectiva completamente diferente do que foi dito e feito até agora sobre o que é o Bem e o que é o Mal e sobre o que é a essência das pessoas.

Aqui fica uma das minhas passagens preferidas:
Cão já perseguira uma ratazana. Fora a mais adorável experiência da sua vida. (…). E além disso havia os gatos, pensou Cão. Surpreendera o grande gato ruivo dos vizinhos e tentara reduzi-lo a uma geleia temerosa usando o habitual olhar flamejante e o rosnar profundo na garganta, que já no passado resultara tão bem com as almas penadas. Porém, desta vez, tinham-lhe valido uma patada no nariz que lhe fizera chegar as lágrimas aos olhos. Os gatos, considerou Cão, eram obviamente bastante mais duros que as almas penadas. Estava ansioso por uma nova experiência com gatos, que, segundo planeara, iria consistir em andar-lhes à volta aos saltos e latir-lhes com grande excitação. Era um plano desesperado, mas talvez resultasse.”

Bons augúrios, Editorial Presença