terça-feira, 26 de março de 2013

"Uma Morte Súbita" de J.K.Rowling

Quem pensa em J. K. Rowling pensa invariavelmente em Harry Potter. No entanto, a autora quis demonstrar que sabe escrever para um público mais adulto com “Uma Morte Súbita”. Na vila de Pagford, local onde se passa toda a acção, existem inúmeras personagens. Confesso que se no início a nossa mente se mostra confusa com o número excessivo de personagens em redor de uma morte súbita, depois, o enredo fascina-nos e não mais largamos o livro até ao final pois entretanto criámos laços com determinadas personagens e queremos saber como acabam.

A obra apenas peca por não ter um esquema com as personagens centrais e a ligação entre elas. Foi o que fiz assim que comecei a ler pois senti necessidade de um apoio em termos de nomes das figuras que vão entrando no enredo. Quando de repente Rowling coloca em cena dezenas de personagens com ligações familiares e de amizade já que todas se conhecem, instala-se o caos: demasiadas personagens, demasiados enredos e demasiada informação.
Claro que não podemos ler este livro sem nos recordarmos de Potter, afinal foi e será sempre um marco na carreira literária da inglesa que deu aulas de inglês no Porto.
Vamos situar um pouco a história: Barry Fairbrother morre e a vila onde vive entra em alvoroço, já que este chefe de família era vogal na Assembleia Comunitária daquela comunidade. Os cidadãos, vão-nos sendo apresentados, assim como as suas famílias, todas elas se cruzam, conversam, passeiam… Acredito que em Pagford não existe uma única família dita normal: toxicodependência, violência doméstica, suicídio, famílias desmembradas. Rowling reflecte um pouco a sociedade actual num universo pequeno, que no início parece ser demasiado pequeno.
“Uma Morte Súbita, é o livro que qualquer um poderia ter escrito. Não é uma obra-prima: apenas entretém. Esperemos pelo próximo…


Uma Morte Súbita, Presença

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