Estive prestes a desistir da leitura deste livro ia eu a meio. O enredo peca por ter um discurso fragmentado, saltita de personagem em personagem e torna-se penoso seguir a história. Por isso mesmo estive quase a pô-lo de parte. No entanto, resisti. A capa falava mais alto, que capa bonita esta. Julgava eu que me ia dar dicas sobre relacionamentos amorosos. Enganei-me. Começa logo com uma morte e a seguir é o desfile de um grupo de amigos adolescentes e as suas aventuras típicas dessas idades. Vê-se logo que é um livro dos anos 90: ninguém tem telemóveis nem internet... É tudo à base dos encontros destes amigos na rua onde vivem e das personagens secundárias que os rodeiam, os primeiros amores e as desilusões, os beijos oferecidos pelas gémeas, o roubo de gasolina dos carros, os segredos e as traições. Quem ainda tem paciência para os dramas de adolescentes deve ler esta história.
Inês Pedrosa é uma autora que me faz alguma "comichão", já tentei ler o seu "Fazes-me Falta" e nunca chego ao final da 5ª página. Não gosto da ideia de ler sobre uma pessoa morta.
"A morte é a única testemunha da paixão. Tem ciúmes dos corpos e queima-os devagar. Quando os corpos se entregam ao império dos seus lumes é a morte que os ilumina".
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