Norwegian Wood é incrivelmente triste e melancólico. Em linhas muito gerais trata-se de uma viagem ao passado contada por Toru Watanabe, um jovem cujo melhor amigo se suicida e isso fá-lo pensar na vida de outra forma. Watanabe apaixona-se por Naoko, namorada desse amigo, mas com o suicídio ela bloqueia todo o ser humano que é e não se consegue entregar a outros nem avançar com a sua própria vida. Torna-se num adolescente deprimida e não consegue sair desse buraco de forma nenhuma. Por isso mesmo, isola-se num sanatório nas montanhas. Watanabe visita-a várias vezes e promete esperar por ela. No entanto, o jovem conhece Midori, a personagem mais espontânea de toda a trama. Apaixonei-me mesmo por esta jovem! Murakami torna-a na personagem mais dinâmica, divertida, atrevida, louca e apaixonada de todo o enredo.
Nada tem de fantástico nem de surreal e apesar de ser um registo absolutamente diferente ao que já nos habituou não deixa de aquecer o nosso coração. Murakami aposta numa linguagem rica e cheia de metáforas, que a meu ver só demonstram a sua capacidade de criação:
"Gostas mesmo de mim?"
"O suficiente para amansar todos os tigres do mundo."
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