terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ouvido numa livraria


Juro que no meu dia-a-dia me cruzo com pessoas que nunca abriram um livro na vida e que ficam pasmadas com a quantidade de temáticas que são publicadas em livro. E eu fico pasmada com tamanha pequenez de espírito.

Conversa #1
- Tem livros que falem sobre pontos específicos dos pés para fazer massagens?
- Humm, está a falar de reflexologia?
- Não sei bem...

[Se não sabem bem o que procuram façam uma breve pesquisa antes de sair de casa. Fiquem já a saber que vão ser comentados mal saim dali]


Conversa #2
Três miúdas com uns 17 ou 18 anos aproximam-se do balcão e perguntam:
- Têm Kama Sutras?
-Sim, quer vê-los?
Ao que uma grita para a amiga que está mais atrás:
-Ouviste? Têm Kama Sutras!
Resposta acompanhada com um esgar envergonhado:
- Eeeeeeu? Não quero ver esses livros

(Acabo por leva-las à estante correspondente a sexualidade e deixo-as sozinhas no meio de risinhos envergonhados, passado uns 15 minutos cada uma delas sai com um livro cheio de imagens pormenorizadas e a mais envergionhada tenta seconder o saco com dois livrinhos pequenos dentro do bolso interior do casaco e comenta que se a mãe descobre é capaz de se chatear e que não tem onde escondê-los)

sábado, 15 de novembro de 2014

Ouvido numa livraria

Conversa #1

Tem o último livro do Daniel Sepúlveda?
- Quer dizer Luis Sepúlveda?
- Sim...
- Ele está ali de frente naquela estante

A cliente vai dirige-se à estante, pára durante alguns segundos, pega num livro e dirige-se ao balcão. Trazia nas mãos um livro de Daniel Silva... (Tudo a ver :D)

[awwww]



quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Pergunta da praxe...

Quem é que adivinha qual é a pergunta da praxe quando estamos a fazer embrulhos?
- Já tirou o preço?

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Hemingway em lata de sardinha






Designer: Nina Cornelison l Project Type: Student Project l Photos: Roy Richardson l Location: Dallas/ United States l Via : Packaging Of The World.

sábado, 6 de setembro de 2014

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"A bookstore is somewhat like an ocean—it may look the same but it is always changing if you are a careful observer."
 
Paul Yamazaki (via booklikes)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

À Espera no Centeio - J.D.Salinger


“Se estão mesmo interessados nisto, então a primeira coisa que devem saber é onde é que nasci, e como foi a porcaria da minha infância, o que faziam os meus pais e tudo antes de eu ter nascido, e toda essa treta estilo David Copperfield, mas não estou nada para aí virado”.


É desta forma que se inicia a obra de que hoje vou falar. Há muito tempo que queria ler o "À Espera no Centeio" de J. D. Salinger. Li-o finalmente. E que porra. Adorei cada palavra, cada expressão, cada linha, cada frase. Cada parágrafo.
"À Espera no Centeio" é a obra escrita na primeira pessoa por Holden Caulfield, um adolescente de 16 anos norte-americano que foi expulso do colégio onde estudava e que decide deixar a escola uns dias antes de regressar definitivamente a casa e passeia-se por Nova Iorque. Caulfield vai relatando as suas graças e desgraças nos 2 dias que antecedem o seu regress ao lar , onde o espera aos pais e a irmã mais nova, que adora.
A obra, sempre escrita com recurso a plena oralidade, é simplesmente brilhante. Os palavrões, o calão são pormenores da escrita fascinante de Salinger. Um autor que deveria ser verdadeiramente reconhecido pois escreveu tão poucas obras e todos deviamos ser obrigados a lê-lo.
É um livro que se lê sem parar pois simpatizamos quase instantaneamente com o personagem, trocemos por ele, ou queremoas dar-lhe um puxão de orelhas. Caulfield é sensível, talvez demasiado sensível e real para ser um personagem de uma obra tão empolgante.