Assassínios... Tordo opta por matar quase todas as personagens ao longo do seu livro. Custa a entrar na história pois a narrativa é lenta, talvez demasiado lenta, sem grandes desenvolvimentos que consiga agarrar o leitor. Uma lentidão que é salpicada por picos tensos e enérgicos mas uma obra maioritariamente morosa. A personagem principal, um escritor de 35 anos vê-se envolvido na trama quase por obrigação já que foi a Budapeste para participar num encontro de escritores e repentinamente vê-se no meio de um grupo de jovens escritores que desejam ir a Saubadia, em Itália, à casa de Don Metzger, um realizador que está interessado numa obra do namorado de uma das raparigas do grupo.
A personagem tenta manter-se sempre à margem até que Metzger aparece morto. Depois, é a descoberta do que realmente aconteceu: quem o matou e qual o motivo. Enquanto não se descobre o assassino ficam reféns naquela terra de ninguém.
O final fica em aberto e o leitor não chega a saber o que realmente aconteceu naquela estranha casa onde se juntou um grupo de pessoa de várias nacionalidades que foram morrendo uma a uma. Há colocada uma hipótese pela personagem principal que é bastante válida já que o autor não nos indica qualquer pista, mas mesmo essa hipótese é meramente uma suposição para tentar escapar àquele inferno. O Bom Inverno não é um livro a reter, ficamos sempre com a sensação que não nos ligámos às personagens e que nem os chegámos a conhecer solidamente para concluir o que seja.
O Bom Inverno, Colecção Bis

1 comentário:
que raio de livro.....parece um livro do tipo filme pseudo-terror
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