segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Hemingway em lata de sardinha






Designer: Nina Cornelison l Project Type: Student Project l Photos: Roy Richardson l Location: Dallas/ United States l Via : Packaging Of The World.

sábado, 6 de setembro de 2014

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"A bookstore is somewhat like an ocean—it may look the same but it is always changing if you are a careful observer."
 
Paul Yamazaki (via booklikes)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

À Espera no Centeio - J.D.Salinger


“Se estão mesmo interessados nisto, então a primeira coisa que devem saber é onde é que nasci, e como foi a porcaria da minha infância, o que faziam os meus pais e tudo antes de eu ter nascido, e toda essa treta estilo David Copperfield, mas não estou nada para aí virado”.


É desta forma que se inicia a obra de que hoje vou falar. Há muito tempo que queria ler o "À Espera no Centeio" de J. D. Salinger. Li-o finalmente. E que porra. Adorei cada palavra, cada expressão, cada linha, cada frase. Cada parágrafo.
"À Espera no Centeio" é a obra escrita na primeira pessoa por Holden Caulfield, um adolescente de 16 anos norte-americano que foi expulso do colégio onde estudava e que decide deixar a escola uns dias antes de regressar definitivamente a casa e passeia-se por Nova Iorque. Caulfield vai relatando as suas graças e desgraças nos 2 dias que antecedem o seu regress ao lar , onde o espera aos pais e a irmã mais nova, que adora.
A obra, sempre escrita com recurso a plena oralidade, é simplesmente brilhante. Os palavrões, o calão são pormenores da escrita fascinante de Salinger. Um autor que deveria ser verdadeiramente reconhecido pois escreveu tão poucas obras e todos deviamos ser obrigados a lê-lo.
É um livro que se lê sem parar pois simpatizamos quase instantaneamente com o personagem, trocemos por ele, ou queremoas dar-lhe um puxão de orelhas. Caulfield é sensível, talvez demasiado sensível e real para ser um personagem de uma obra tão empolgante.

Ouvido numa livraria


Conversa #1

- Tem o livro "Mar me Quer" de Mia Cotim?
Gargalhada surda e um leve sermão ao cliente:
- Será que não é Mia Couto? Moçambicano? Ele é tão conhecido... Mas o nome dele é Couto!


Conversa #2

- Preciso de 2 livros: "Aquilo que os Olhos Vêem" ou "o Adamastor"....
Pausa para pensar.
- Ok, mas isso é só um livro. Esse é mesmo o título "Aquilo que os Olhos Vêem ou o Adamastor" de Manuel António Pina, correcto? É esse livro que pretende?

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ouvido numa livraria

Quando tudo corre bem, alguma coisa tem que descambar e nas livrarias, um local aparentemente sossegado, isto também acontece. Eis a conversa de hoje:

- Vendem Tabaco?
- Aqui? Aqui só vendemos livros.
- Hummm, disseram-me que aqui vendiam Tabaco.
- Deviam estar a brincar consigo. Aqui é a XPTO. Do outro lado há uma tabacaria.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Ouvido numa livraria


Conversa #1

- Tem o livro "Pode mudar a sua vida" de Dan Brown?
- O Dan Brown não tem nenhum livro com esse título. Não estará a fazer confusão?
- Não... Disseram-me que era mesmo dele.
- Bem, posso estar a fazer confusão mas o Dan Brown escreve ficção e "Pode mudar a sua vida" é um livro de desenvolvimento pessoal. Tem como confirmar o que é que realmente procura?
-Bem, tenho quase a certeza que estou correcto...

[O cliente foi à sua vida com a certeza de que a livreira estava a fazer um péssimo trabalho ao mandá-lo confirmar mas ele nem sabia ao certo o que pretendia]

Conversa #2

Eis um exemplo perfeito de como é possível criar mal-entendidos:
- Tem o livro de poesia da Sophia de Mello Breyner?
- Sim, qual é o título que procura?
- Poesia.
- Ela tem vários. Sabe o nome?
- Ah, o título é mesmo "Poesia"

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O Professor - Charlotte Brontë




Há uns anos li "Jane Eyre" de Charlotte Brontë e foi com entusiasmo que comecei a ler "O Professor" da mesma autora. Mas depois das primeiras páginas comecei a ficar entediada: o ritmo tornou-se quebrado e, por isso mesmo, muito lento. A obra narra o dia-a-dia de William Crimsworth que começa a trabalhar com o irmão mas por causa de desentendimentos, demite-se e vai para a Bélgica trabalhar como professor num colégio interno de rapazes mas depois torna-se professor também numa escola de raparigas e é lá que se apaixona por uma aluna. A vida de Crimsworth não é fácil, ultrapassa certos obstáculos e vai sobrevivendo com as dificuldades. Demite-se do seu lugar de professor e vai atrás da rapariga na qual encontra o amor verdadeiro e tranquilo.
É um romance do século XIX mas não se trata de uma história empolgante. Brontë discorre apenas sobre o quotidiano deste professor o que se torna bastante enfadonho quando queremos ritmo e alguma acção. Admito que "engonhei" um bocadinho a leitura deste livro. Tive que fazer uma pausa e meti outro livro pelo meio mas as últimas 100págimas leem-se num ápice quando o queremos terminar rapidamente. A acção toda da história está no início e no final. É aí que vale a pena ler este romance. Tudo o resto é um bocadinho sensaborão.